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projeto coloide: educação em solos, em geologia e agroecologia
(the coloide project: soils, geology and agroecology education)

Apresentação
O projeto de Extensão Universitária COLOIDE, em atividade desde o ano de 2007, tem como objetivo manter um espaço permanente de troca de experiências, vivências, expressões e representações culturais e artísticas, produção de conhecimento sistematizado, mas também garante abertura para resgatar, ressignificar e valorizar o popular. O nome é inusitado e gera estranheza para os desavisados. Aliás, essa é a intenção: despertar a curiosidade, esclarecer e, nesse processo, seduzir, ensinar e aprender. É uma alusão a partículas pequeninas, ativas, espertas, responsáveis por trocas químicas e, se assim o são, garantem a reprodução da vida, sagrada missão! Essa palavra vem do grego, kolas, “que cola”, agrega, junta, grupa. Apesar do tamanho ínfimo, são as que efetivamente trabalham, em grupo, solidários, discretos e indispensáveis, orgânicos ou não.
Os “coloides” são personificados em discentes, servidores técnicos administrativos e docentes da Unesp/Câmpus de Ourinhos. São sensíveis às causas ambientais, comumente aos problemas, resultantes da degradação desmesurada, característica marcante do Antropoceno: eita desafio bão! Esses sujeitos, no sentido da ação, pesquisam, estendem e popularizam o conhecimento acerca da temática central e periférica das áreas em questão, além de difundir os princípios e aplicações da educação em solos, em Geologia e Agroecologia, ora com recursos financeiros, ora não, mas sempre com o apoio da Instituição.
Esses anos todos de produção só foram possíveis graças a dedicação de muitos “coloides”. Hoje, já viraram matacão. Foram eventos acadêmicos, inclusive com premiação; semanas de Geografia; teatros de fantoches; formação de professores, muita educação! Tudo bonito, organizado, embasado, pintado com terra e adornado com emoção. Esse é o espirito dos “coloides” e do COLOIDE. O processo de construção não é simples, exige dedicação, embasamento teórico, criatividade, vontade, força física, organização. Tudo isso para alimentar um espaço físico, nosso “laboratório”, do latim, laborãre, “trabalhar”; torium, “local, lugar”; logo, lugar de trabalho, condição primordial para “agregar valor” ao que quer que seja.
Valor maior que a educação?!
O Laboratório de Geologia e Pedologia, além de outras funções, é o cenário ideal para o COLOIDE. É organizado em estações: fósseis; minerais e rochas; maquetes, como da Bacia Sedimentar do Paraná com destaque para o Sistema Aquífero Guarani; perfis de solo reconstituídos em caixas de leite; monólitos de solos do município, inclusive de um Antropossolo; espaço “pegar pra ver”, destinado aos deficientes visuais; o “natureza em arte”, composto por diversos objetos feitos com recursos geológicos, poesia, cordéis, pinturas feitas com tinta terra, “casinha geológica”, teatro de fantoches e, mais recentemente, o “espiral de ervas”, entre
outras “graças”.
Toda essa estrutura subsidia o trabalho realizado durante as visitas monitoradas e previamente agendadas por grupos organizados como alunos e professores das redes pública e particular de ensino, cursos técnicos, cursinho pré-vestibular, deficientes, terceira idade, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS),
comunidades indígenas, entre outros. Porém, não se engane, o COLOIDE também vai à escola, às praças públicas e onde mais a oportunidade está! A duração da atividade depende da disponibilidade de tempo do grupo, em média, 50 minutos. O conteúdo é ajustado de acordo com os objetivos e faixa etária. Até o momento, estima-se que pelo menos 5.000 pessoas viveram a experiência do projeto, coloidaram!
A partir da abordagem vygotskyana, teoria histórico-cultural, fundamenta-se nos princípios de que o saber é construído socialmente e que a experiência do indivíduo conta muito no processo de ensino aprendizagem. Coloides que somos, valorizamos a pluralidade e agregamos!